Confesso que por não me confessar
Minha língua fica travada
Fica trava a língua
Treva, solidão
Travo a língua na tua boca.
Eu quero um trevo
Pra ver se atrevo
A destravar toda a palavra
Enrolada em tanto trava-língua
Tonta tô tentando te deixar
Mas o gosto da tua língua
Trava a língua minha
A fala cala, abala o desejo
Desse jeito, se demoras,
Eu te espero, eu te quero
Tudo agora, vem na hora
E se eu te ligo, a língua solta
Não enrola, deita e rola
Destrava a língua e beija a boca
Deixa solta, nua na lua da tua boca.
Clara Vieira.
Lindo demais!
ResponderExcluirEsse poema me remete a 'Carinhoso', do Pixinguinha. :)
Clara! Por onde anda sua escrita? E a palhaça? Saudades.
ResponderExcluirBeijos, Andréa Flores, palhaça de Belém.
Andréa, querida!! Minha escrita continua comigo, no coração, na alma, em tudo o que eu sinto e vejo. A palhaça Tapioquinha está cheia de saudades, mas também a levo para todos os lugares bons. Estou morando em Belém. Estás por aqui? Saudades. Beijos da Clara e da Tapioquinha.
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